Aprobado: 11/01/2022
Eliane Mara Rodrigues da Silva Shibuya[1]
Resumo
Cada vez mais diferentes processos formativos, em todos os níveis de ensino, estão acontecendo por meio de ferramentas tecnológicas, cenários que também impactam as práticas em Educação Física Escolar, área da saúde historicamente pensada tendo como base as práticas corporais presenciais. Sendo assim, o objetivo do presente estudo, recorte de uma pesquisa maior, é o de responder a indagação sobre como está acontecendo a formação de professores para a disciplina de Educação Física no formato de Educação a Distância-EAD, tomando como base as Universidades EAD do oeste do Paraná. Para tanto, a partir de uma revisão de autores sobre a Educação a Distância no Brasil e no mundo, a importância das tecnologias para as metodologias dessa modalidade e as características da Educação Física Escolar na aprendizagem virtual, realizou-se um estudo de caso com 24 acadêmicos da Educação Física Escolar EAD da região oeste do Paraná, os quais responderam a questionários aplicados por meio do google forms. Algumas conclusões importantes dizem respeito ao fato de que a EAD traz pontos positivos e possibilidades para os acadêmicos: flexibilização do tempo, espaço e preços acessíveis, o que contribui para o aumento de alunos universitários e a democratização do ensino. Todavia, a metodologia de ensino a distância é dependente dos recursos tecnológicos, o que pede novas posturas dos acadêmicos. Por fim, o estágio presencial em Educação Física Escolar está mudando, migrando para outras possibilidades, também baseadas nas tecnologias, as quais estão ressignificando a Educação e também a formação docente.
Palavras chaves: educação a distância, educação física, formação docente.
Abstract
More and more different training processes, at all levels of education, are happening through technological tools, scenarios that also impact practices in School Physical Education, an area of health historically thought based on face-to-face body practices. Therefore, the objective of the present study, which is part of a larger research, is to answer the question about how the training of teachers for the discipline of Physical Education in the format of Distance Education-Distance Learning is taking place, based on Distance Learning Universities from western Paraná. To this end, based on a review of authors on Distance Education in Brazil and in the world, the importance of technologies for the methodologies of this modality and the characteristics of School Physical Education in virtual learning, a case study with 24 Academic Physical Education students from the western region of Paraná, who answered questionnaires applied through google forms. Some important conclusions are related to the fact that EAD brings positive points and possibilities for academics: flexibility of time, space and accessible prices, which contributes to the increase of university students and the democratization of education. However, the distance learning methodology is dependent on technological resources, which calls for new attitudes from academics. Finally, the face-to-face internship in School Physical Education is changing, migrating to other possibilities, also based on technologies, which are giving a new meaning to Education and also teacher training.
Keywords: distance education, physical education, teacher training.
Introdução
O tema da presente pesquisa diz respeito a formação universitária dos profissionais da Educação por meio da modalidade educativa de Educação a Distância-EAD, mais precisamente a formação dos professores de Educação Física no formato a distância.
Justifica-se tal pesquisa pela constatação de que nos encontramos em um mundo tecnológico e virtual, no qual as relações sociais, inclusive a Educação, estão sendo pautadas pelo uso de computadores e celulares, com interações cada vez mais acontecendo no formato online. Nesse cenário, é visível o aumento substancial na procura pelo ensino superior e as licenciaturas na modalidade de ensino a distância- EAD. Dessa forma, pensando em práticas sociais e educativas que historicamente foram marcadas pela interação professor/aluno, convivência, cooperação e trabalho com e a partir de práticas corporais, objetivou-se investigar a seguinte questão: Como está acontecendo a formação de professores para a disciplina de Educação Física no formato EAD?
Para responder a essa indagação, o objetivo principal do presente trabalho constituiu-se em pesquisar a formação de professores para a disciplina de Educação Física no formato EAD, tendo como recorte temporal e geográfico o oeste paranaense, no ano de 2020. Caracterizaram-se como objetivos específicos discutir, junto aos acadêmicos de Educação Física EAD do município de Jesuítas, PR, o que os motiva para esse tipo de aprendizagem, os pontos positivos e negativos desse modelo pedagógico mediado pelas tecnologias, de que maneira acontece a interação entre alunos, professores e tutores, como os acadêmicos se organizam para estudar a distância e como os mesmos desenvolvem seus estágios.
Para demonstrar o estudo, inicialmente revisitaram-se autores que trabalham a história da EAD, a importância das tecnologias para um planejamento metodológico de aprendizagem a distância, a constituição da Educação Física Escolar e seus desafios no ensino virtual (segunda seção deste artigo).
Além de revisão teórica sobre o assunto, como parte da metodologia quanti/qualitativa a terceira seção aqui apresentada traz as especificidades da pesquisa: quais as faculdades selecionadas e os critérios de inclusão, elementos que possibilitaram elencar as características da opção pela Educação EAD a partir do olhar de seus usuários acadêmicos.
A quarta seção discute as respostas dos participantes e como esses achados representam um conjunto de preposições que pode afetar o futuro das formações docentes e da educação, como um todo, uma vez que a tecnologia é hoje uma realidade em todos os tipos de cursos, até mesmo nas áreas que envolvem práticas corporais, demonstrando assim contribuições pontuais para a Educação Física enquanto ciência e disciplina do corpo em movimento.
Por fim, apresentam-se as considerações finais e as referências utilizadas. As reflexões aqui desenvolvidas contribuem com a discussão de que a EAD não é recente e que desde o início de sua aplicação a mesma sempre serviu aos objetivos educacionais. Dessa forma, faz-se necessário assumir sua importância, porém questionar sempre a sua abrangência e os seus resultados, visando a garantir a constante qualidade para os possíveis modelos de formação docente em todas as áreas e modalidades educacionais, inclusive na Educação Física.
Revisão teórica: a caminhada da EAD no mundo e no Brasil
Para Bastos, Cardoso e Sabbatini (2000) a EAD data do século XVIII, ligada ao uso das correspondências e a expansão dos correios. Em seu desenvolvimento sempre esteve ligada ao crescimento e evolução dos artefatos e possibilidades tecnológicas, ampliando sempre as possibilidades de comunicação (Moore; Kearsley, 2008). Assim, a EAD se institucionalizou a partir do século XIX, sobretudo visando ao ensino de línguas, as universidades e a formação de professores (Hermida; Bomfim, 2016).
Outro motivador da EAD foi a segunda guerra mundial. Suas demandas por soldados e pelo êxodo do campo para a cidade também clamou por novos e rápidos modelos de formação dos trabalhadores (Nunes, 1993). Tais demandas exigiam a mudança de suportes que vencessem o tempo e o espaço, de forma a que se usaram livros, cartas, rádio e TV, numa evolução contínua (Hermida; Bomfim, 2016).
O Brasil também fez parte dessa caminhada, de forma que se faz possível pontuar 5 diferentes momentos para a modalidade educativa:
1. Geração textual: iniciada em 1880, com uso de correspondências (Alves, 2011);
2. Geração analógica: firmada na década de 30, com uso de rádio e televisão. Corresponde aos telecursos (Moore; Kearsley, 2008);
3. Geração tecnologias da comunicação: estruturada na década de 60, viabilizava o uso de diferentes mídias para diminuir os gastos com a educação (Moore; Kearsley, 2008);
4. Geração da teleconferência: uso de grupos, só que imitando a aula tradicional (1980);
5. Geração digital: uso das TICs- Tecnologias da Informação e Comunicação, TV digital e internet, com foco na maior interatividade entre os participantes da EAD (Moore; Kearsley, 2008).
É desse período recente, 2019, que devido à crise mundial de coronavírus o mundo e o Brasil passaram a adotar, na maioria de suas cidades, aulas mediadas pelos celulares e computadores, em tempo real ou com recolhimento de tarefas EAD para os estudantes de toda a rede de ensino e em todos os níveis, em instituições públicas ou particulares.
Assim, o conceito de “Educação a Distância” foi gradativamente adquirindo novos significados, de forma que atualmente essa modalidade equivale a um “amplo campo de ensino não tradicional onde sistemas de comunicação são utilizados para conectar os recursos, alunos e instrutores” (Ronchi; Ensslin; Reina, 2011, p. 3). Além disso, a EAD é hoje o resultado da relação entre contemporaneidade, educação e tecnologia (Moreira; Kramer, 2007).
Mais alguns fatos importantes na EAD do Brasil: a Universidade Federal do Mato Grosso foi a primeira instituição a ofertar curso superior EAD no Brasil em 1995 (Santos, 2018). Outro importante marco foi a implantação da Universidade Aberta do Brasil-UAB, inclusive com o curso de Educação Física (Brasil, 2020) (Campos et al. 2017, Lisboa; Prires, 2013). O programa contava com um sistema de universidades públicas focado no ensino superior para um público com dificuldade de acesso e olhar específico para o professor sem formação.
A LDB nº 9.394, toca na Educação EAD em diferentes artigos: 32, 80 e 87. No art. 32, § 4º determinava-se que “o ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais”. Assim, percebe-se que o momento atual de uso de ensino remoto, com aulas em tempo real mediadas pela tecnologia (Todos pela educação, 2020), e tecnologias para atender aos alunos em situação de pandemia já estava previsto na Lei de 1996.
Para o ensino superior, o marco regulamentador da EAD foi atingido em 20 de dezembro de 2005. Hoje, a EAD é uma ferramenta para a formação dos cidadãos, sobretudo na Educação, sendo pensada como uma ferramenta para atingir a Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE) “elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 18 e 24 anos” (Brasil, 2017).
Educação EAD: planejamento metodológico dependente das tecnologias
O ensino a distância, mediado ao longo da história por diferentes tecnologias, precisam apresentar, tal como a aula presencial, elementos constituintes obrigatórios, ligados essencialmente ao planejamento docente para com um público escolar particular (Vasconcellos, 2004). Entram em jogo, assim, a técnica, o método, o ambiente escolar, os conteúdos e a comunicação unidos por um planejamento pedagógico.
Para Brito e Purificação (2006), a tecnologia compreende um conjunto de conhecimentos especializados, com princípios científicos que se aplicam a um determinado ramo de atividade, modificando, melhorando e sempre trabalhando no sentido de aprimorar produtos e processos de interação dos seres humanos entre si e para com a natureza.
Já o termo “metodologia” é mais amplo do que o conceito da tecnologia. Implica em organizar, dispor das tecnologias de forma a criar um percurso para a gestão das tecnologias, segundo os objetivos que guiam a ação. Diz respeito a todos os encaminhamentos educativos que o educador vai lançar mão para chegar a produção do conhecimento, inclusive as tecnologias (Santos; Royer, Demizu, 2017).
Mas, como é um planejamento educativo EAD? Quais são os suportes para essa educação? Quais as ferramentas e quais modelos, metodologias de aulas podem ou não funcionar? São ferramentas nesse processo, envolvidas sobretudo na fase de planejamento das aulas, os ambientes virtuais -AVA e os aplicativos e as ferramentas multimodais inseridas nesses (Mehlecke; Tarouco 2003).
Essas possibilidades, mediadas por uma comunicação dialógica e diagramada de comunicação a partir da internet (Teixeira, 1997), criam uma sequência pedagógica (Vasconcellos, 2004) e, adaptadas para o virtual, culminam em possibilidades de modelos educativos tais quais o que se demonstra a seguir:
Quadro 01
Fases de um planejamento EAD
Fases |
Descrição da ação no formato EAD |
Planejamento presencial |
1. Concepção |
Determinação dos objetivos e metas; Levantamento das necessidades de implementação desse projeto. |
Marco conceitual e situacional |
2. Planejamento |
Definição de cronograma; materiais didáticos; mídias utilizadas; profissionais necessários; as atividades necessárias para o desenvolvimento das tarefas do curso; Organização da sequência das aulas e do ambiente virtual. |
Marco situacional |
3. Execução 4. Controle |
Implementação de todas as atividades propostas no planejamento; Verificação das ações realizadas. |
Marco operacional |
5. Fechamento |
Elencar os acertos e os erros; Avaliar os trabalhos realizados. |
Marco operacional que dá novo suporte para o marco conceitual |
Fonte: Spanhol (2009) e Vasconcellos (2004).
A partir desse exemplo é possível, pois, perceber-se a necessidade de um Plano Político Pedagógico que norteie o trabalho em EAD, inclusive se referindo aos marcos conceituais, situacionais e operacionais (Vasconcellos, 2004), percepções que guiam o percurso e os objetivos traçados por uma Escola. As metodologias e recursos didáticos, bem como a ordem das ações geradas serão, entretanto, mediadas pelas tecnologias (Behar, 2009) e precisam se voltar para a obtenção da iteratividade (Teixeira, 1997).
Outro ponto a se considerar é o de que quando se colocam os recursos tecnológicos como suportes, instrumentos e modelos de comunicação, implica-se na organização de novos modelos educativos. Estudando no formato a distância, a sala de aula é invertida, ou seja, o aluno começa direto na pesquisa e vai construindo a cognição sobre o conteúdo ofertado (Bacich, 2015, Marques; Nohama, 2012).
Essa possibilidade nos coloca na reflexão sobre de que forma usar as tecnologias no sentido de influenciar a autoaprendizagem (Chaves, 2012). Nesse sentido: “o papel desempenhado pelo professor e pelos estudantes sofre alterações em relação à proposta de ensino tradicional e as configurações das aulas favorecem momentos de interação, colaboração e envolvimento com as tecnologias digitais” (Bacich, 2015, p. 52). E tal formato serve também a formação do próprio educador, em cursos e licenciaturas voltados para a formação docente.
Os desafios da formação em educação física na modalidade EAD
Como disciplina da grade escolar, a Educação Física contempla, tal como os demais componentes da base, as dimensões: “científica, artística e filosófica do conhecimento”. (Paraná, 2008, p. 21). Nesse sentido, advinda de um percurso de culto ao higienismo, militarismo e desportismo (Soares, 2004), aos poucos as aulas de Educação Física passaram a contemplar o desenvolvimento corporal e a aprendizagem, focando também em questões referentes a psicomotricidade (Bracht, 1992). Tal evolução culminou na ênfase dada hoje a cultura corporal, pensando esse conceito:
O saber próprio da Educação Física é a cultura corporal, cultura de movimento ou cultura corporal de movimento, e o movimentar-se humano é visto como forma de comunicação com o mundo, constituinte e construtora de cultura, mas também possibilitada por ela; é linguagem, que na qualidade de cultura habita o mundo do simbólico. Como consequência, tomar a cultura corporal de movimento como objeto da Educação Física implica avançar do fazer corporal para um saber sobre o movimentar-se do ser humano, o qual deve ser incorporado pela Educação Física (na escola) como um saber a ser transmitido (aos alunos) (Betti, 2005, p. 186).
A partir dessa conceituação, pensando em uma formação docente para o trabalho com as práticas corporais, emerge a seguinte questão: Como formar virtualmente um profissional para descrever, analisar ou reproduzir um jogo, esporte ou atividade que é totalmente concreta, prática e com interação?
Os elementos constituintes do plano de aula não mudam em uma licenciatura virtual: corpo docente, matriz de disciplinas com conteúdos e carga horária. Plano Político Pedagógico, ementa de cada matéria e descrição das metodologias cabíveis a cada uma, as formas de avaliação e o estágio supervisionado. Tais constituintes pedagógicos estarão sempre presentes, indiferente ao suporte, mas ressignificados na modalidade virtual (Bittencourt; Azevedo, 2003), com ênfase na figura do tutor (Gómez, 2016).
Nesse panorama, alguns desafios técnicos pontuados para a implementação da formação EAD em diferentes cursos correspondem ao amplo acesso à internet (Tenente, 2020), e a propriedade de boa tecnologia (Lorenzoni, 2016).
Na questão pedagógica, para Costa (2016), uma importante questão para reflexão é a diminuição do papel docente, enquanto em Silva (2012), o desafio da oferta de cursos de Educação Física Escolar na modalidade EAD é a mediação. Embora estejamos na era virtual, os modelos de aulas em suas interações não podem imitar o modelo de aulas com correspondência com comunicação unilateral (Teixeira, 1997). É preciso que a mediação acompanhe as possibilidades tecnológicas do século XXI, ou seja, modelos de comunicação dialógicos e diagramáticos de comunicação (Teixeira, 1997).
Nesse sentido, tratando-se especificamente da Educação Física, compreendem dilemas na organização de uma licenciatura EAD a ligação entre essa disciplina, a área médica e a necessidade de atividades práticas voltadas para o trabalho com o corpo (Silva; Rufato, 2020). Não trabalhar corretamente esses dilemas por meio de metodologias adequadas, retomando a formações docente, implica em sustentar ou aprofundar representações já observadas sobre a disciplina de Educação Física nos bancos escolares, ou seja, de que a mesma é atrativa, de caráter esportivo, mas não é uma matéria importante (Ripari et al., 2018).
Metodologia
A pesquisa foi organizada contemplando uma natureza aplicada, com objetivo descritivo e abordagem quantitativa e qualitativa, com levantamento de dados por amostragem (Gil, 2008) e a construção de categorias de análise (Bardin, 1977).
No primeiro semestre de 2020 organizou-se uma vasta coletânea de fichamento de autores que abordam a temática, tendo como parâmetro publicações brasileiras e estrangeiras sobre as seguintes palavras-chave: Educação a Distância-EAD; Educação Física Escolar EAD; Metodologias EAD, Desafios para a formação docente e; Estágio Supervisionado na Educação Física Escolar. Usaram-se livros físicos e virtuais, periódicos, revistas cientificas e as plataformas Google acadêmico e Scielo.
O critério de busca das faculdades para a aplicação da pesquisa com questionário compreendeu os nomes das instituições que estão à disposição da cidade de Jesuítas, PR e cujos acadêmicos em 2020 também sejam moradores da cidade. Assim, olhou-se para os espaços educativos EAD com sede em municípios próximos, faculdades que inicialmente atendiam apenas na modalidade presencial, que são muito conhecidas como centros acadêmicos de qualidade e que mais recentemente também ofertam cursos de formação docente em EAD, sendo elas: ANHANGUERA, UNOPAR, UNIPAR, UNICESUMAR, UNINTER, UNINA, UNIP e UNIASSELVI.
Para cada uma dessas faculdades foram elencados 3 participantes acadêmicos jesuitenses. Os questionários foram enviados aos participantes por meio do sistema “formulário Google” ou “Google forms”, de modo que o entrevistador mandava para todos coletivamente e recebia os resultados individualmente, mas no mesmo questionário, por meio do uso dos recursos do Gmail. A pesquisa e tabulação das respostas aconteceu nos meses de outubro e novembro de 2020.
Resultados e discussões: a opinião dos acadêmicos
Segundo o questionário aplicado, os motivos para a escolha do acadêmico em cursar Educação Física Escolar na modalidade a distância, na opinião dos estudantes compreendem:
Gráfico 01
Motivos para a escolha da faculdade de Educação Física EAD
Fonte: a autora (2020).
Pelas respostas, os motivos que chamam a atenção dos acadêmicos correspondem aos pontos mais enfocados como facilidades ou possibilidades da modalidade a distância, questões apontadas no estudo das metodologias e da história da EAD: estudar em casa, organizar o próprio tempo e dispensar a necessidade de locomoção entre cidades (Temesio, 2016).
A categoria “Gosto e prepara para estudar por meio de tecnologias” demonstra a necessidade de que o aprendiz EAD apresente novas habilidades de organização mental e de pesquisa diferentes das do aluno físico, características apontadas como as de um “aluno virtual”, ou seja, acesso a bons computadores e ampla internet, mente aberta e ser um indivíduo que consegue se expor e refletir sobre as experiências educacionais. Além disso, o aluno virtual lida bem com a linguagem visual e verbal da internet, é motivado, autodidata e, por fim, dedica uma quantidade significativa de seu tempo semanal a seus estudos (Pallof; Pratt, 2004).
Na observação dos pontos positivos do modelo, obteve-se as seguintes respostas:
Gráfico 02
Pontos positivos do modelo
Fonte: a autora (2020).
Os pontos positivos da escolha pelo curso em licenciatura EAD em Educação Física repetem a flexibilidade quanto ao tempo e espaço como categoria recorrente nos motivos para a escolha do curso. Quando pensamos esse dado da flexibilidade, aliado por semântica a “Possibilidade de planejar o dia com outras atividades”, temos 76% dos motivos de escolha para a realização de um curso EAD.
Nessa questão apresenta-se novamente a caracterização do aluno virtual (Pallof; Pratt, 2004), sinalizando que teremos, de agora em diante, cada vez mais estudantes que fazem parte da geração de alunos que vão lidar melhor com a aprendizagem mediada por tecnologias, os nativos digitais (Tapscott,1998).
Continuando com a análise, os pontos negativos apresentados pelos respondentes são:
Gráfico 03
Pontos negativos do modelo
Fonte: a autora (2020).
Nessa questão, as especificidades da licenciatura em Educação Física se apresentam na resposta categorizada como “Poucas aulas e atividades práticas”. Como demonstra um respondente: “Não temos muitas aulas presenciais nem práticas, desse modo acabamos perdendo a qualidade no estudo”.
A indicação da necessidade de bons artefatos tecnológicos como um ponto negativo retoma a intrínseca relação entre a EAD e as tecnologias (Moore; Kearsley, 2008) e o fato que, no Brasil, muitos lares ainda não serem contemplados com essas possibilidades (Tenente, 2020).
A necessidade da atenção e planejamento mais eficientes por parte do estudante retoma mais uma vez a categorização do perfil de um aluno virtual, o qual precisaria desenvolver competências especificas para o estudo online, sendo algumas delas fluência digital, autonomia, organização, planejamento, administração do tempo, comunicação, reflexão, presencialidade virtual, autoavaliação, automotivação, flexibilidade e trabalho em equipe (Behar, 2009; Silva, 2012).
Na ausência dessas qualidades ou competências cognitivas, exigências de um novo modelo de aluno e de educação, aumenta-se a carência do contato presencial, o que se observou nas respostas “Falta de contato humano” e “Não ter o professor para tirar a dúvida na hora”. Tais categorias demonstram que, apensar da opção pela EAD poder democratizar a educação universitária, nem todos os alunos podem ter o máximo de resultado acadêmico nesse modelo em virtude de suas próprias constituições cognitivas, as formas como aprendem na medida em que ainda são alunos que precisam da EAD, mas que aprenderam e estudam melhor no modelo presencial (Rodrigues, 2012).
Para o entendimento de como funciona os estágios, os colaboradores responderam:
Gráfico 04
Como funciona o estágio
Fonte: a autora (2020).
A não totalidade do estágio presencial se fez ver nas respostas. É possível que o período de pandemia seja a resposta para essa constatação, amparado pela Lei 9394/96, no art. 32, § 4º, determinação para situações emergenciais. Mas também é fato que o contexto atual abre a possibilidade de novas abordagens para a execução dos estágios em escolas e diferentes instituições com foco na Educação, buscando o desenvolvimento de metodologias EAD que imitem ou propiciem maior interatividade.
Na questão seguinte, “Como acontece uma interação entre o aluno, o professor, os demais alunos e a equipe de suporte”, o questionário conseguiu uma lista de ferramentas, recursos que servem as metodologias para a interatividade, sendo elas: aplicativo para tirar dúvidas, conversa com o tutor, encontros ao vivo, fóruns, conversa por meio de WhatsApp, vídeochamadas, e-mail e trabalho na leitura, interpretação e acesso aos demais recursos por meio da plataforma do curso. Esses recursos tecnológicos organizando a interatividade em diferentes situações didáticas na Educação a Distância (Sabbatini, 2007), evidenciam novamente a necessidade do domínio pleno da tecnologia no caso de alunos EAD.
Na última questão: “Como é o planejamento de estudo para dar conta das atividades propostas”, obteve-se:
Gráfico 5
Como é o planejamento de estudo para dar conta das atividades propostas?
Fonte: a autora (2020).
Quando reagrupamos as categorias levantadas por similaridade, emerge duas situações distintas: 35% dos acadêmicos estudam de acordo com suas possibilidades, com flexibilização total do tempo, usando finais de semana e horas vagas. Já 65% deles fazem parte do grupo de estudantes que planeja atentamente suas ações, usando diferentes indicadores como planilhas, guias de estudo e estipulação de tempo diário dedicado a faculdade.
Esse número expressivo observado no planejamento estudantil dos entrevistados confirma os processos pedidos da metodologia EAD, pois demonstra que a interatividade ofertada nas conversas, disponibilidade de materiais e avaliações dos alunos a distância, critérios observados nesta pesquisa, funcionam (Sabbatini, 2007), mas esse dado revalida mais uma vez a necessidade de um novo tipo de aluno para o ensino EAD.
Contribuições relevantes para a educação física
Ao responder à pergunta desta pesquisa: “Como acontece a formação dos professores de Educação Física Escolar na modalidade a distância”, alguns achados deste presente estudo podem trazer apontamentos precisos para a Educação Física enquanto ciência do corpo e disciplina escolar.
Primeiro, o confronto entre a literatura revisada nas seções iniciais deste artigo e a fala dos entrevistados confirmou que estamos na geração digital e que as ações comunicativas e educativas em um processo de formação universitária EAD vão precisar ser pontuadas, guiadas pela interatividade (Moore; Kearsley, 2008). Também que uma aula EAD pode atingir todos os objetivos de uma aula presencial, inclusive gerando interatividade entre acadêmicos, tutores e professores universitários, desde que o aluno acadêmico se planeje para isso e que sejam cumpridos pelas faculdades os passos de um planejamento EAD (Spanhol, 2009). Os depoimentos aqui apresentados corroboram com essas assertivas.
Quando esses protocolos são obedecidos, há sim a possibilidade da contemplação da cultura corporal, objetivo maior da Educação Física (Paraná, 2008). Mas tal objetivo depende do investimento em boas plataformas de estudo, aplicativos e ambientes virtuais-AVA complexos e completos, voltados para a manutenção da interatividade constante entre tutores, professores e acadêmicos (Mehlecke; Tarouco 2003), bem como na transposição de atividades corporais práticas em propostas mediadas pelo virtual.
Essas características, mesmo fazendo parte de uma metodologia de ensino a distância e para universitários, vão estar cada vez mais presentes também em aulas presenciais e na Educação Básica. Isso requer observar e ressignificar as práticas corporais da Educação Física quanto ao que se aprende enquanto acadêmico e ao que se ensina posteriormente ao educando. É a tecnologia influenciando em como aprendemos com o corpo, como aprendemos a partir do corpo e como mediamos processos educativos até em áreas ligadas a saúde e a corporalidade (Kenski, 2012; Paraná, 2008; Brasil, 2017). Com isso, a partir deste atual momento histórico-social, as aulas serão certamente cada vez mais híbridas, ou seja, misturando pesquisas e interações presenciais, síncronas e a distância, assíncronas, com uso de diferentes aplicativos guiando as práticas corporais. E os professores da Educação Física precisam não só serem formados nesse novo modelo de aprendizagem, bem como também ajudarem seus educandos a também aprenderem nele, assumindo assim novos tempos, espaços e modelos de interação que vão se fazer presentes até mesmo nas aulas presenciais (Moreira; Kramer, 2007; Kenski, 2012).
Seguindo a fala dos entrevistados, pela formação universitária EAD é possível estudar a preços acessíveis e com flexibilidade de horários, fatores motivadores que aumentam consideravelmente o número de acadêmicos nos bancos universitários. Além disso, há um público para a área da Educação Física que precisa ter uma identidade com práticas corporais e saber estudar com mediação tecnologia. Esses pontos foram apresentados como positivos pelos acadêmicos e retomam a necessidade da eleição de um aluno virtual para esse modelo educativo (Pallof; Pratt, 2004). Também se ligam a quinta competência apontada pela Base Nacional Comum Curricular- BNCC (BRASIL, 2017), a qual demonstra a necessidade de se formar o educando (e esse educando também é o futuro professor quando na condição de acadêmico) nas tecnologias e para as tecnologias:
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (Brasil, 2017, p.11).
Sendo assim, essa necessidade de se trazer a formação tecnológica para o processo educativo como um todo (Kenski, 2012), é um ponto positivo da EAD na formação em Educação Física. Como fatores negativos no estudo EAD os entrevistados apontaram a falta de contato humano no processo e a necessidade de que o universitário tenha um comportamento estudantil diferenciado para que a atenção e os horários de estudo rendam (o que retoma a importância da caracterização do aluno virtual e do quinto objetivo da BNCC, como já comentado).
Também é negativo a revalidação ou ressignificação de práticas voltadas para o trabalho com o corpo em outras metodologias não presenciais, inclusive o estágio. Isso significa que os estagiários EAD respondentes abrem a perspectiva para o questionamento de que a realização de poucas práticas corporais ou um estágio não presencial na formação dos professores de Educação Física pode deixar lacunas.
Outros autores compactuam com essa posição, não só para a Educação Física, mas para todas as disciplinas em cursos de licenciaturas (Brasil, 2008; Quarantana; Pires, 2013; Iza; Souza Neto, 2015; Bisconsini; Flores; Oliveira, 2016, Cecchetto; 2019). Trata-se de conceber o espaço do estágio na formação docente como:
Pensamos o estágio supervisionado como espaço privilegiado para a experiência formativa dos futuros docentes no âmbito das culturas escolares. Independente do campo do conhecimento, o estágio possui uma centralidade ímpar por “iniciar”, por assim dizer, o acadêmico no espaço de atuação profissional. Reconhecemos, também, que a Prática Pedagógica como Componente Curricular, espaço curricular que deve se dar desde o início dos cursos de Licenciatura, como uma alternativa importante nesse processo de aproximação do acadêmico à cultura escolar. (Quarantana; Pires, 2013, p. 52).
Durante os estágios, sendo esses presenciais, não só questões relativas ao planejamento docente e a interação professor/aluno são perceptíveis. Todos os elementos da vida escolar são contemplados e vivenciados pelo acadêmico: a gestão escolar, os aspectos da cultura e da comunidade escolar, os tempos e os espaços escolares em movimento, as políticas educacionais na prática, os recursos disponíveis e ou a escolha didática de outros professores. Também a interação com tutores e supervisores de estágio pode lidar melhor com a inteligência emocional quando na versão presencial (Quarantana; Pires, 2013 Iza; Souza Neto, 2015, Bisconsini; Flores; Oliveira, 2016).
Pensando especificamente nos estágios para faculdades de Educação Física EAD, segundo Nascimento et al. (2019), o estágio representa uma experiência prática com docência, uma vivência escolar e uma compreensão única dos desafios da Educação Física Escolar. Já para Cecchetto (2019), o desafio está na dificuldade do diálogo entre a Universidade, a Escola e a efetivação do papel do professor colaborador, sobretudo na figura dos profissionais das escolas enquanto formadores do acadêmico. Então, é fundamental questionar os espaços de formação profissional em cursos EAD e como melhorá-los, bem como valorizar as diferentes formas de formação docente. Por fim, Quarantana e Pires (2013) destacam a importância do estágio como experiência fundamental na formação inicial de professores, e que essa experiência ganha um peso ainda maior se o acadêmico advém de uma modalidade EAD.
Nesse sentido, o desafio pedagógico na formação em Educação Física na modalidade EAD consiste-se da ressignificação do real no virtual. E nesse cenário, é importante o seguinte questionamento: Vôlei, futebol ou brincadeiras de roda podem ser experienciadas por meio de outras metodologias? É possível assistir a um filme sobre o movimento e aprender a realizar tal movimento? Tais questões guiarão as futuras formações e reflexões sobre o papel da tecnologia não só na formação docente, como também na própria aprendizagem da cultura corporal em Educação Física. Para tanto, é fundamental que se pesquisem novas formas de abordar conteúdos práticos, tais como os esportes e os movimentos que fazem parte da cultura corporal (Paraná, 2018), aplicados, transpostos didaticamente por meio de ferramentas tecnológicas (Nunes, 2020, Lazzarotti Filho; Silva; Pires, 2013).
Como em todo trabalho científico, não basta apenas criticar uma realidade, mas é preciso problematiza-la e também a aceitar enquanto comportamento social. Dessa forma, a EAD está no contexto educacional brasileiro (até mesmo na Educação Física) e inclusive respondeu a um momento singular: a pandemia de 2020. Assim, é preciso suscitar discussões e protocolos que possam reorganizar e ressignificar suas legislações, no sentido de se avançar para a Educação do futuro, porém olhando sempre para possíveis mecanismos de controle e avaliação de sua qualidade.
Considerações finais
O objetivo do presente trabalho, alinhado aos pressupostos da Educação focado na área da Educação Física e visando ao questionamento sobre o uso das tecnologias no contexto educacional atual, foi o de olhar para o uso da EAD na formação dos professores da Educação Física Escolar, no âmbito das licenciaturas, tendo como delimitação as Universidades EADs do oeste paranaense.
Contrapondo a reflexão sobre a história da EAD, das tecnologias a serviço do planejamento pedagógico e das especificidades da Educação Física Escolar ofertada no modelo a distância (percurso da revisão teórica) com a resposta dos acadêmicos, emerge o fato de que ser um universitário em Educação Física EAD tem preços mais acessíveis, flexibilidade de tempos, espaços e diálogos. O aluno dessa modalidade precisa gostar de esportes, ser um estudante disciplinado e dominar as tecnologias, as quais vão estar cada vez mais presentes nos processos educativos acadêmicos voltados para a formação de professores e, em consequência, também nas práticas escolares posteriores junto aos educandos da Educação Básica
Nesse sentido, são possibilidades da EAD voltada para a Educação Física Escolar formar mais professores, aumentar o número de cidadãos nas universidades, diminuir os custos da formação e também organizar pesquisas sobre práticas corporais baseadas em tecnologias, o que pode ampliar e redirecionar a formação docente nessa área, criar redes comunicativas e comunidades de aprendizagem (Moran, 1997). Além disso, a presença das tecnologias nas diferentes disciplinas escolares e até mesmo na Educação Física está apontando para a possibilidade do uso de aulas híbridas nos processos de aprendizagem futuros.
Porém, a condução dos estágios não presenciais e a falta de interação humana podem ser considerados como pontos negativos no contexto acadêmico escolar selecionado. Embora a dinamicidade dos modelos de aula e das ferramentas virtuais promoverem o aprendizado e a interatividade, é preciso que os buscadores desse modelo (no caso os universitários de Educação Física a distância) estejam preparados para serem discentes disciplinados e dominadores dos recursos tecnológicos, serem “alunos virtuais”.
Tais achados reafirmam, em modelos inovadores e tecnológicos, premissas ainda tradicionais, ou seja, a importância do planejamento docente. Mudam os tempos, os recursos, o público e os formatos educativos. Todavia, a necessidade do domínio técnico do educador e do diálogo com as questões do seu tempo são sempre condições de trabalho e formação profissionais atuais, indiferente a disciplina ministrada (Vasconcellos, 2004, 2006).
Portanto, a palavra que resume a formação docente hoje, em especial a formação dos profissionais da Educação Física, foco desta pesquisa, é a ressignificação. A inserção das tecnologias em todos os campos, idades e modalidades educativas está, de acordo com o próprio desenvolvimento humano das sociedades, se consolidando. É a relação que a sociedade estabelece com as tecnologias, as formas de ser, viver e aprender (Moreira; Kramer, 2007). E os educadores, inclusive os de Educação Física Escolar, vão precisar se adequar e, como alunos virtuais em constante formação, “aprender a aprender” a partir desse novo panorama (Moran, 1997).
Referências
Alves, L. (2011). Educação à distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. RBAAD – Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo, Vol. 10.
Bacich, L. (2015). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na Educação. Tecnologias, Sociedade e Conhecimento. Penso.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.
Bastos, A.; Cardoso, B.; Sabbatini. C. (2000). Uma visão geral da educação à distância. http://www.edumed.net/cursos/ed002.2000.
Behar, P. A. (2009). Modelos pedagógicos em educação a distância. Artmed.
Betti, M. (jul./set. 2005). Educação física como prática científica e prática pedagógica: reflexões à luz da filosofia da ciência Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, 19 (3), p.183-97.
Bisconsini, C. R.; Flores, P. P.; Oliveira, A. A. B. de. (2016). Formação inicial para a docência: o estágio curricular supervisionado na visão de seus coordenadores. Journal of Physical Education, v. 27.
Bittencourt, R. M.; Azevedo, T. C. A. M. (2003). Curso de Educação a Distância (EAD): metodologias e ferramentas. In: XXXI Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharias, Anais do XXXI COBENGE. Rio de Janeiro-RJ.
Bracht, V. (1992). Educação Física e aprendizagem social. Magister.
Brasil (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União.
Brasil (2005). Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/decreto-5622-19-dezembro-2005-539654-publicacaooriginal-39018-pe.html.
Brasil (2017). Atualizada legislação que regulamenta Educação a Distância no país. http://portal.mec.gov.br/busca-geral/212-noticias/educacao-superior-1690610854/49321-mec-atualiza-legislacao-que-regulamenta-educacao-a-distancia-no-pais.
Brasil (2008). Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Brasil (2017). Resolução n. 02, de 22 de dez. de 2017. Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular. MEC/CONSED/UNDIME.
Brasil (2020). Universidade Aberta do Brasil (UAB). MEC http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-a-distancia-sp-2090341739/programas-e-acoes?id=12265.
Brito, G. S. (2006). Purificação, I. Educação e novas tecnologias: um repensar. IBPEX.
Campos, H. J. B. C. et al. (Orgs.) (2017). Licenciatura em Educação Física a Distância, uma realidade baiana. Salvador: EDUFBA.
Cecchetto, J. R. (2019). Formação de professores de Educação Física a distância: desafios e possibilidades do Estágio Supervisionado. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Biociências, Rio Claro.
Chaves, E. O. C. (2012). Tecnologia na Educação. http://chaves.com.br/TEXTSELF/EDTECH/tecned2.htm.
Costa, I. T. L. G. da. (2016). Metodologia do ensino a distância. UFBA.
Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. Atlas.
Gómez, A. (2016). Enseñanza en la virtualidad: el docente y el tutor par, una asociación provechosa para el aprendizaje. InterCambios. Dilemas y Transiciones de la Educación Superior, 3(1), 88-97.
Hermida, J. F.; Bonfim, C. R. de S. (Ago. 2006). A Educação à Distância: história, concepções e perspectivas. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. especial, p.166–181.
Iza, D. F. V.; Souza Neto, S. de. (Jan./Mar., 2015). Os desafios do estágio curricular supervisionado em educação física na parceria entre universidade e escola. Movimento, Porto Alegre, 21 (1), p. 111-124.
Kenski, V. M. (2012). Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Papirus.
Lazzarotti Filho, A.; Silva, A. M.; Pires, G. de L. (2013). Saberes e práticas corporais na formação de professores de Educação Física na modalidade a distância. Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 35 (3).
Lisboa, M. M.; Pires, G. D. L. (2013). Tecnologias e a formação inicial do professor de educação física: reflexões sobre a educação a distância. Atos de pesquisa em educação, 8 (1), p. 60-81.
Lorenzoni, M. (31 de mar. de 2016). O que faz a tecnologia valer a pena, segundo professores. Geekie. https://site.geekie.com.br/blog/tecnologia-valer-pena-professores/.
Marques, N. C.; Nohama, P. (2012). Aprendizagem Híbrida: Opção para a formação profissional dos jovens agricultores. Artigo Científico.
Mehlecke, Q. T. C.; Tarouco, L. M. R. (Fev. de 2003). Ambientes de Suporte Para Educação a Distância: A mediação para aprendizagem cooperativa. Novas Tecnologias na Educação. CINTED-UFRGN, Vol. 1.
Moore, M. G.; Kearsley, G. (2008). Educação a Distância: uma visão integrada. Tradução por Roberto Galman. Thomson Learning.
Moran, J. M. (1997). Como utilizar a internet na educação. Ciência da Informação, Brasília, DF, 26 (2), p. 146-153.
Moreira, A. F. B.; Kramer, S. (2007). Contemporaneidade, educação e tecnologia. Educ. Soc. [online].
Nascimento, E. S. do.; et al. (2019). A relação teoria e prática no estágio curricular supervisionado do curso de Licenciatura em educação física da EAD-UNITAU. UNITAU, https://unitauead.com.br/web/grupo-pesquisa/2019/09/23/a-relacao-teoria-e-pratica-no-estagio-curricular-supervisionado-do-curso-de-Licenciatura-em-educacao-fisica-da-ead-unitau/.
Nunes, I. B. (Dez. 1993). Noções de educação a distância. Revista Educação a Distância, Brasília, n. 4/5, p. 7-25.
Nunes, M. V. da S. (2020). Sequência didática para práticas corporais na Educação Física por meio de tecnologias digitais através da BNCC. Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca. Rio de Janeiro.
Pallof, R.; Pratt, K. (2004). O aluno virtual: um guia para trabalhar com estudantes online. Tradução de Vinícius Figueira. Artmed.
Paraná. (2008). Diretrizes Curriculares Estaduais Orientadoras para a Educação Básica do Paraná – Educação Física. Secretaria de Estado da Educação.SEED.
Quaranta, A.M.; Pires,G.D.L. (2013). Formação de professores de Educação Física na EAD: inserção na cultura escolar através do estágio supervisionado; R. bras. Ci. e Mov.
Ripari, R.; et Al. (2018). Educação física escolar sob o olhar dos alunos do ensino médio. Universidade Nacional de La Plata. Revista de La Fahce.
Rodrigues, C. (02/08/2012). Evasão é o maior problema do Ensino a Distância. UOL, São Paulo. https://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/02/evasao-e-o-maior-obstaculo-ao-ensino-a-distancia-para-instituicoes-diz-estudo.htm?cmpid=copiaecola.
Ronchi, S. H.; Ensslin, S. R.; Reina, D. R. M. (2011). Estruturação de um modelo multicritério para avaliar o desempenho da tutoria de educação a distância: um estudo de caso no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Anais do Encontro de Administração da Informação, 3, 2011.
Sabbatini, R. M. E. (2007). Ambiente de ensino e aprendizagem via Internet: a Plataforma Moodle. Instituto EduMed, p.1. http://www.ead.edumed.org. br/file.php/1/PlataformaMoodle.pdf.
Santos, C. A. (2018). Educação superior a distância no Brasil: democratização da oferta ou expansão de mercado. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, 34 (1).
Santos; M. B. Dos.; Royer, M. R.; Demizu, F. S. B. (2017). Metodologia de ensino por projetos: levando a prática para o ensino de ciências. EDUCERE.
Silva, M. Z. (2012). A mediação pedagógica no ambiente virtual de aprendizagem: análise dos fóruns do curso a distância de educação física. Dissertação apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília. Brasília.
Silva, R. N. O.; Rufato, J. A. (2020). Educação Física no ensino a distância: uma revisão. UNINTER, Caderno Intersaberes.
Soares, C. L. (2004). Educação Física: raízes europeias e Brasil. 3 ed. Autores Associados.
Spanhol, F. J. (2009). Aspectos do gerenciamento de projetos em EAD. In: Litto, F. M & Formiga, M (org). Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson.
Tapscott, D. (1998). Growing Up Digital. The Rise of the Net Generation. McGraw Hill.
Teixeira, R. R. (1997). Modelos comunicacionais e práticas de saúde. Interface Comunic, Saúde, Educ.
Temesio, S. (2016). Ecosistema de accesibilidad en entornos virtuales. Estudio de un caso en Moodle. Dissertaçao de mestrado. Universidad de la República (Uruguay).
Tenente, L. (26/05/2020). 30% dos domicílios no Brasil não têm acesso à internet; veja números que mostram dificuldades no ensino à distância. G1, Educação. https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/05/26/66percent-dos-brasileiros-de-9-a-17-anos-nao-acessam-a-internet-em-casa-veja-numeros-que-mostram-dificuldades-no-ensino-a-distancia.ghtml.
Todos Pela Educação. (Abril de 2020). Análise: ensino a distância na educação básica frente à pandemia da covid-19. https://www.todospelaeducacao.org.br/_uploads/_posts/425.pdf?1730332266=&utm_source=conteudo-nota&utm_medium=hiperlink-download.
Vasconcellos, C. Dos S. (2004). Coordenação do trabalho Pedagógico: do Projeto Político Pedagógico ao Cotidiano da Sala de Aula. 5ª Edição, Libertad.
[1] Professora concursada da Rede de Ensino do Paraná. Licenciatura e Bacharelado em Educação Física em 1992 pela Universidade de Marília - UNIMAR. Pós-graduada em 2007 pela Universidade Paranaense – UNIPAR. E-mail: [email protected]