Sobre como fechar uma pessoa com Altas Habilidades/Superdotação dentro de uma caixa de fósforos
DOI:
https://doi.org/10.48163/rseus.2023.11182-99Palavras-chave:
Altas Habilidades/Superdotação, confusões, transtornos/doenças, deficiênciaResumo
Este artigo surge da leitura de outro. Seu objetivo é, sob minha ótica, expor os erros que são cometidos, muitas vezes por falta de profundidade, outros por uma tradição clínica que já não se sustenta, outros simplesmente por um certo corporativismo que acaba por atropelar um setor profissional que já é demasiado discriminado e desvalorizado - o da Educação, que é o que tem que aprender a olhar para essa enorme população de cerca de 10% em qualquer país, província, cidade ou escola como um conjunto de seres humanos que precisam ter a oportunidade de desenvolver seu potencial. Para isso, apresento um breve panorama da evolução histórica dos testes psicométricos e sua relação com os conceitos de inteligência, passando depois a expor uma definição de Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), que é a que considero mais apropriada e me orienta. A continuação, discuto as interpretações das AH/SD como uma doença ou distúrbio, que infelizmente têm se tentado adotar a partir de ideias provenientes da área da saúde e finalmente a pretensa e perigosa intenção de classifica-las, digamos, como uma “incapacidade positiva”, antes de tecer algumas considerações finais que surgem dessas reflexões.
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